SOL

São inúmeras as lendas voltadas ao Sol, citaremos algumas para que possa ser entendida a importância deste astro na história da humanidade.

No Egito Antigo: O Sol personificava a força e era chamado de Rá. Julgava-se que ele havia nascido de uma Flor-de-Lotus das águas do rio Nilo, que se fecha todas as noites quando ele volta para suas pétalas. Ele governava todo o mundo na idade do ouro, quando deuses e homens viviam juntos na terra. Os homens no entanto estavam sempre inventando tramóias contra os deuses e o próprio Sol. Rá então transformou Tot, a Lua em uma vaca que subiu aos céus, os deuses que viviam entre os homens agarraram-se em suas tetas transformando-se em estrelas. O deus-Sol, Rá abdicou do seu posto de governante do mundo em favor da deusa-Lua, que trouxe novamente a luz. A partir daí, deuses e homens passaram a viver separados.

Esta é apenas uma das antigas histórias que através dos tempos surgiram no antigo Egito.

Na Índia antiga: O Sol era um símbolo de boa sorte, e as vezes era representado por uma suástica, bastante semelhante a usada pelos nazistas. A Índia é um povo que sofreu sucessivas invasões ao longo dos tempos. Primeiro vieram os Davidianos, seus deuses baseavam-se no culto a natureza, principalmente a agricultura e a caça. Depois vieram os Arianos, um povo guerreiro e nômade, por não se prenderem a terra seus deuses eram mais ligados ao universo. Para eles o Sol era o criador e o monarca do universo e governava através dos três mundos: o céu, a terra e o ar que os rodeia. Mas estes conceitos foram sendo transformados e adaptados aos "deuses invasores", sempre baseados numa trindade. Vieram os egípcios, os turcos, os muçulmanos e o Sol continuava a aparecer na trindade. O seu calor fertilizava, sua luz protegia e seus raios destruíam. Essa trindade foi então se modificando, as vezes radicalmente, até que no Bramanismo, o monoteísta Brama incorpora em si as três forças.

No Japão antigo: Na mitologia xintoísta Izanagi desceu ao inferno para procurar a sua esposa Izanami. Ao lavar o olho esquerdo, nasceu amaterasu, a deusa do Sol e ao lavar o olho direito nasceu a deusa da Lua. Quando Amaterasu saiu da caverna do inferno, iluminou o mundo que vivia em trevas. Izanagi e Izanami, foram enviados pelos deuses celestiais para salvar o mundo, que estava a deriva. Izanagui mergulhou seu arpão no oceano retirando a ilha de Ono-Goro-Jima. O casal deu origem não apenas as outras ilhas do arquipélago, mas também aos outros deuses e ao primeiro imperador do Japão. O Sol se transformou num símbolo de nobreza.

Nas religiões nativas: Em quase todas as religiões nativas da América, da África e da Oceania, o Sol aparece como o astro rei e um dos principais deuses.

Na Escandinávia: Na Dinamarca, Suécia e Sul da Noruega, durante a idade de Bronze, os povos deixaram de enterrar os seus mortos e passaram a inumá-los em elevações. Acreditavam que o deus-Sol recolhia e abençoava seus mortos. O Sol, quando nos céus era transportado por uma carruagem, chegando ao fim do percurso o disco solar era entregue para pequenos homenzinhos que o levavam por baixo da terra até o local onde nasceria de novo.